sexta-feira, março 17, 2006

Mais um ciclista morto pela cultura do automóvel


(foto: www.matthewsperry.org)

Na semana que passou, mais três ciclistas foram vítimas da cultura do automóvel. Três garotos foram atropelados em uma área residencial de Brasília por um Gol em alta velocidade. Denilson Almeida Rodrigues, de 15 anos, morreu na hora. Jackson Lopes Leal, de 16 anos, está internado em estado grave. A terceira vítima recebeu alta e passa bem. [reportagem do Correio Braziliense]

Na noite de terça-feira (14), os três garotos tinham saído de bicicleta para comer cachorro-quente, quando foram atingidos pelo automóvel em alta velocidade. O motorista alegou que estava perseguindo um bandido que tinha acabado de assaltá-lo (!!!). Pagou R$800,00 de fiança e está em liberdade.

Em 2005, dos 602 mortos no trânsito do Distrito Federal, 71 eram ciclistas.

Em algumas cidades do mundo os ciclistas mortos são lembrados com a instalação de uma bicicleta branca no local do acidente, em um movimento chamado Ghost Bike. Em outras cidades, uma estrela negra é pintada no chão. A bicicleta branca acima é uma homenagem ao baixista Matthew Sperry, assassinado por um automóvel em 2003.

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Comments:
O pessoal do site Right Of Way faz algo semelhante em homenagem às vítimas de atropelos. Eles pintam no asfalto a silhueta de um corpo caído além do nome e de outros dados da pessoa que morreu naquele local.

Comovente.
 
Será que é o carro que assassina? Ou o motorista? Ou será que é a montadora? Quem deixa isso tudo acontecer?
 
dizer que é o motorista ou dizer que é o carro é a mesma coisa debici. ambos fazem parte de uma única peça. não existiria piano sem pianista e vice-versa. o fato é que não existem carros que nao matam. como meios de 'transporte' que conhecemos eles matam em série. se a marca é volks ou ford ou chevrolet, ou se quem está no volante é a maria, o joão ou o josé, nao faz diferença.
n.l.
 
Acabamos nos acostumando a dizer que um Uno passou o sinal vermelho ou que um Gol atropelou alguém, qomo se eles tivesse vontade.
Quem atropela é a montadora. É a Volks que mata, a Fiat, a Ford, que fazem carros que correm a 160 km por hora. É isso que é preciso perceber. É a montadora.
Ou o motorista bêbado. Faz diferença.
 
Debici foi ao ponto. Veja meu comentário no outro post, o da propaganda da montadora.

A culpada é a montadora, não sozinha mas como cúmplice. Ela fornece o meio para que uma pessoa assassine por acidente, por irresponsabilidade ou até mesmo conscientemente. A montadora que não coloca retrovisor do lado direito do carro popular, porque ele é "opcional". A montadora que tira a luz de ré de um dos lados do carro, deixando uma só, por "questão estética". A montadora que só passou a colocar cinto de três pontos em todos os veículos porque a lei obrigou. A montadora que não coloca air-bag e freio abs em todos os carros porque eles ficariam mais caros e não venderiam tanto. A montadora que venda seus olhos para o que acontece com os carros depois que eles saem da fábrica porque supostamente não tem nada a ver com isso, afinal "enquanto estavam aqui dentro não mataram ninguém".
 
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